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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

EXPRESSO CURTO - 20 DE NOVEMBRO DE 2015

Cavacountdown

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Martim Silva
POR MARTIM SILVA
Editor-Executivo
 
20 de Novembro de 2015
 
Cavacountdown
 
Bom dia,
A agitação política nacional e as consequências dos terríveis atentados terroristas de há precisamente uma semana dominam noticiosamente o dia de hoje.
E esta newsletter.

PARTE I. A BOLA COM CAVACO
Começemos pela política. Cavaco Silva, depois de passar dois dias na Madeira, depois de receber os parceiros sociais em Belém, depois de ouvir os banqueiros e vários economistas (mas sem nunca, estranhamente digo eu, consultar aquele que é precisamente o seu órgão de consulta, o Conselho de Estado) chega hoje ao dia em que volta a ouvir os partidos políticos representados no Parlamento (já o fez logo após as eleições e antes de indigitar Passos como primeiro-ministro).
Não é por isso de excluir que ainda hoje Cavaco Silva diga, anuncie, comunique, divulgue o que decidiu: basicamente, se nomeia ou não António Costa primeiro-ministro. E este vai a Belém com a garantia adicional de que já tem um executivo pronto a entrar em funções. As notícias divulgadas apontam maioritariamente no sentido de que Cavaco acabará por dar posse ao governo de esquerda - embora nos últimos dias tenham ganho força outras teses, desde a manutenção de Passos em gestão; até à invenção de um governo de iniciativa presidencial, que, mesmo chumbado no Parlamento, ficaria em gestão até à convocação de eleições lá para o verão. Impedindo Costa de chegar ao poder, que tanto deseja, e aliviando Passos de ficar em gestão até lá, como não deseja nada.

Muito curioso é este artigo do Expresso que mostra como oPS fez um acordo à esquerda mas agora anda a tentar sossegar banqueiros, agências de rating... e até alguns dos maiores empresários e empresasnacionais. Empresas e empresários estão a receber “mensagens” vindas dos socialistas, tentando sossegá-los e garantir que não há qualquer risco de radicalização. Ou seja, o acordo é à esquerda mas a governação será mais ao centro. E agora, pergunto eu: que acham PCP e BE disto?
Quem também andou a distribuir mensagens de acalmia, e a dar garantias em Bruxelas de que Portugal vai cumprir o défice, seja qual for o desfecho político, foi… Marcelo Rebelo de Sousa. A fazer de Presidente antes de Presidente ser eleito.
A verdade é que depois do acordo, as declarações e os episódios mostrando divisão não têm parado. Ainda agoraJerónimo de Sousa disse “não nos podemos comprometer com o que não conhecemos”, a propósito da aprovação do OE para 2016.

Este é portanto um momento importante na vida política nacional.

Além disso, vão-se agitando as águas na luta presidencial. Enquanto se vai perguntando aos candidatos ou proto-candidatos o que fariam se estivessem no cadeirão presidencial, Cavaco já marcou as eleições que vão decidir o seu sucessor para 24 de janeiro. Ou seja, quem quer ser candidato tem até à véspera de Natal para oficializar a intenção.
Assim sendo, faltam hoje precisamente 65 dias para e eleição do novo Presidente ocorrer (não se admire se começarem a surgir por estes dias uns "cavacountdowns" para nos ir avisando de quantos dias faltam até Cavaco voltar para a Travessa do Possolo ou para a Praia da Coelha). Tic-tac-tic-tac...

Entretanto, hoje mesmo, o Expresso e a SIC divulgam, pelas seis da tarde, a primeira sondagem da Eurosondagem sobre Presidenciais.
Não posso divulgar desde já os dados, mas posso garantir-lhe que vai valer a pena espreitar as notícias pelo final da tarde.E se julgava que a eleição de Marcelo eram favas contadas (e confesso que eu estou claramente nesse lote) então o melhor é mesmo ir olhar para os resultados porque vai ter uma surpresa… E mais não digo.


PARTE II. GUERRA MUNDIAL?
Vamos aos últimos desenvolvimentos, e são muitos, da nova guerra ao terror que está a ser montada (e as capas de várias publicações hoje mostram como está a ser criada uma grande coligação internacional ou como pode mesmo vir aí umconflito de escala mundial):
Vindo dos EUA, este texto tenta explicar a estratégia de Hillary para combater o Estado Islâmico. Ela não é o “falcão” Bush mas também parece mais agressiva que a “pomba” Obama. E porque é importante saber o que pensa Clinton? Porque é bem provável que ela seja a partir do final do próximo ano a presidente dos EUA. E portanto ainda terá muito que falar e decidir nesta matéria.
Apesar do “no boots ont the ground” de Obama, os americanos, de acordo com uma sondagem, parecem mais dispostos a enviar soldados para combater o EI do que a… acolher refugiados que fogem do conflito.
Ficamos ainda a saber que quatro dos terroristas de Paris estavam já nas listas negras dos EUA.

The Economist explica como as dificuldades do EI na Síria e Iraque podem estar relacionadas com o aumento de ataques terroristas noutros locais do mundo.

Os autores dos atentados de Paris poderão ter estadosob o efeito de drogas quando fizeram aqueles atos bárbaros.

O que significa ao certo o estado de emergência que foi prolongado mais três meses em França?

Ao mesmo tempo, as notícias surgem um pouco de todo o lado e afectam vários países. Num vídeo, o Estado Islâmicoameaça atacar a Casa Branca, nos EUA. No Koweit foidesmantelada uma célula de apoio ao Daesh e houve vários detidos. Em Londres, uma estação de metro foi evacuada.

Agora que foi morto o mentor dos atentados de Paris, no ataque policial de Saint-Denis, surge uma nova questão?Como foi possível que ninguém o tivesse detectado, ele que estava referenciado há dois anos como um elemento jihadista perigoso e que tinha um mandado internacional de captura? E quem era ao certo Abdelhamid AbaaoudAqui fica a saber-se, por exemplo, que Abaaoud estava a planear estes ataques há 11 meses e que o seu nome aparece envolvido vários outros ataques terroristas que foram evitados em França nos últimos meses. E aqui noticia-se como o mentor dos ataques foi visto na própria sexta-feira à noite em Paris. Para memória futura, aqui fica o mapa dos ataques de Paris, entre os atentados de há uma semana e o ataque de Saint Denis que levou à morte de Abdelhamid.

Já foi há uma semana, mas eu ainda não tinha visto umaexplicação tão detalhada, em infografia, sobre o massacre dentro do Bataclan.

Hoje ainda, há reunião dos ministros da Administração Interna da UE, em Bruxelas, para procurar soluções conjuntas para o problema, como o reforço do controlo das fronteiras. Mas já se sabe que os franceses estão muito críticos face à atuação dos seus parceiros e exigem firmeza.

Quanto à Síria, o Público olha para o problema no terreno e afirma que enquanto a solução militar para combater o EI vai avançando, já no campo político as coisas marcam passo.

Em relação a Portugal, duas referências. Uma para a notícia de que Sadjó é o quinto jiadista português abatido. Pertencia ao grupo de Massamá e foi morto num ataque das tropas sírias. A notícia foi avançada pelo DN. A outra para o facto de as autoridades estarem a reforçar a segurança em vários locais e monumentos públicos. Também o Sporting-Benfica deste fim de semana vai ter mais polícia que o normal.

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OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro,

Este sábado faz precisamente um ano que o Portugal político viveu um dos maiores abalos da história da sua democracia. Pela primeira vez, um antigo primeiro-ministro foi detido. Preso por suspeitas de crimes como branqueamento, fraude fiscal e corrupção. Falo obviamente de José Sócrates.
Sobre este assunto vale muito a pena ver os dois vídeos já disponibilizados pelo Expresso que contam toda a história do caso (hoje ao final da tarde será conhecido o terceiro). Além disso, a SIC fez uma longa reportagem sobre o caso, que pode ver aqui.
O DN de hoje faz manchete com o tema, dizendo que o“Fisco exige 19 milhões a Sócrates”. Trata-se de um relatório da Autoridade Tributária em que se chega à conclusão de que o antigo primeiro-ministro deve aquele valor ao fisco.
E no domingo, finalmente, há o aguardado almoço de apoio/desagravo ao antigo líder do PS. Este vai ser seguramente um dos pontos altos noticiosos do próximo fim de semana.

Jorge Silva Carvalho, o antigo homem forte dos espiões nacionais, está a ser julgado e ontem em tribunal não só atacou forte em Júlio Pereira, o número um dos serviços de informações, como revelou que as secretas têm colaboradores em todas as operadoras telefónicas. Algo totalmente ilegal, escusado será dizer.

Para a semana assinalam-se os 40 anos do 25 de Novembro de 1975. Uma data sem dúvida importante e significativa na nossa história recente. Mas tão acirrados estão os ânimos no Parlamento que até saber o que fazer nesse dia é motivo de divisão entre socialistas e PSD e CDS.

Saliente-se a reação firme do MNE português (de surpreender, dado que falo de Machete) contra aslamentáveis declarações do ditador Obiang da Guiné-Equatorial, que defendeu (de forma não surpreendente) a pena de morte. Para os menos recordados, há poucos anos aceitámos este senhor na CPLP.

prova de avaliação de professores criada por Nuno Crato vai ser eliminada ainda este mês.

Os italianos da ENI vão sair definitivamente do capital da GALP.

O ano passado houve menos greves em Portugal. Mas asua eficácia aumentou.


Lá fora,
Charlie Sheen
, o ator de Hollywood, revelou que tem SIDA. A notícia tem corrido mundo. E agora aparecem relatos de ex-parceiras sexuais do ator que dizem que ele não as avisou de que era portador do HIV.

Johan Cruijff está a lutar contra um cancro do pulmão.

Os neo-zelandeses estão fartos da sua bandeira, por a considerarem demasiado parecida com a da Austrália e estão a votar em referendo para escolher uma nova.

Coreia do Sul aceitou a oferta do seu irmão desavindo a norte e vai iniciar o diálogo com o país liderado por Kim Jong Un.

Quem nunca utilizou o Windows na sua vida que atire a primeira pedra… Todos já lá andámos. Aqui pode saber que o sistema operativo faz 30 anos. E pode viajar pelas várias variantes e evoluções ao longo dos tempos. Imperdível para os saudosistas.

Agora que está a chegar mais um episódio da Guerra das Estrelas, vale a pena ver esta entrevista a George Lucas, em que ele explica porque se fartou de realizar estes filmes e confessa que o personagem que gostaria de ser é… Jar Jar Binks

Há um novo anúncio das bonecas Barbie. A novidade neste caso é que pela primeira vez aparece um menino, e não uma menina, num anúncio do género.

Porque é que os homens não apreciam mulheres com sentido de humor? Não sei se será mesmo assim, mas esta é pelo menos a pergunta de partida deste curioso artigo da Atlantic.

Nem no desporto as ondas de choque do terrorismo deixam de se fazer sentir. Este é fim de semana de Real Madrid-Barcelona. Mas do que se fala é das medidas de segurançaà volta do jogo. Em Itália joga-se um Juventus-Milão mas a conversa é a mesma.

Em Londres está a decorrer o ATP World Tour Finals e Federer e Djokovic são os favoritos nas meias-finais, sendo que hoje será conhecido o último semi-finalista.


NÚMEROS
430

mil euros de comissões é quanto terá recebido o filho de Pinto da Costa, Alexandre Pinto da Costa, através de uma empresa sua, na transferências de jogadores do Dragão. Os documentos a denunciar a situação foram divulgados pelo Futebol Leaks.

20
milhões de dólares é o donativo de Mark Zuckerberg para permitir que a internet chegue a todas as escolas norte-americanas. E o Facebook, claro está…


FRASES
“Não consigo perceber porque é que o PSD não apoia formalmente Marcelo Rebelo de Sousa. De que é que está à espera?”, Manuela Ferreira Leite, antiga líder do PSD, na TVI24, criticando a atuação do seu partido em matéria de presidenciais. Curioso é que o jornal i, na sua capa de hoje, refere precisamente que Passos já disse aos líderes das distritais para apoiarem Marcelo

“Do que a coligação precisa é de um programa e de um método de oposição, de um governo-sombra, de uma maquinaria eficaz (dentro da AR e fora dela) e principalmente de uma política de informação pública (quem fala sobre o quê e onde). O espectáculo que a direita está a dar é o caminho mais curto para uma nova derrota”,Vasco Pulido Valente, no Público

“Governo não vai precisar dos votos do PSD”Ana Catarina Mendes, a nova mulher-forte do aparelho do PS, ao Sol

“Não nos podemos comprometer com o que não conhecemos”Jerónimo de Sousa, líder do PCP, na Antena 1 sobre a aprovação do próximo OE

“Mostra-me os teus amigos, dir-te-ei quem és”Robert Sherman, embaixador dos EUA em Portugal, em entrevista à Rádio Renascença em que se mostra preocupado com as alianças políticas do PS à esquerda

“Rangel recebe pela porta do cavalo”, título do Correio da Manhã na primeira página, referindo-se ao juiz Rui Rangel e a escutas do processo dos vistos gold

“Esperamos conseguir derrotar o Daesh mais rapidamente do que derrotámos a Al-Qaeda”John Kerry, secretário de Estado dos EUA

“Sabemos que existe também um risco do recurso a armas químicas e bacteorológicas”Manuel Valls, primeiro-ministro francês


O QUE EU ANDO A LER
Esta semana comecei “Magnífica e Miserável- Angola desde a Guerra Civil”, de Ricardo Soares Oliveira. O livro, da Tinta da China, é um relato do regime angolano e da forma implacável como José Eduardo dos Santos foi construindo e sedimentando o seu poder no país ao longo destes 36 anos. E como o consegue manter através de uma "informalização" no funcionamento da máquina estatal, em que se divide para reinar e em que o poder, sobretudo o poder económico, está todo concentrado nas mãos de um homem.
Algumas ideias fortes que já li naquelas páginas:
“A Sonangol é a principal ferramenta política do jugo que José Eduardo dos Santos impõe a Angola”

“O cepticismo relativamente à retórica desenvolvimentistas do MPLA está a aumentar e o sonho colectivo da modernização está a deparar-se com um cinismo crescente por parte da maioria dos angolanos”


A seguir, e aproveitando a maré negra do terrorismo que vivemos, vou pegar em “Jihadismo Global das palavras aos actos”, de Filipe Pathé Duarte.

Lançamento muito aguardado é o primeiro mergulho da “pluma caprichosa”, Clara Ferreira Alves, uma histórica das páginas do Expresso, no romance. A envolvente da obra, de nome "Pai Nosso", é precisamente o médio oriente e o terrorismo e a guerra que já está aqui (é impossível deixar de fazer o paralelismo com o lançamento de “Submissão”, de Houellebecq, que em janeiro decorreu precisamente em cima dos atentados ao Charlie Hebdo).
Já amanhã, na Revista E do Expresso, pode ler a entrevista de Ricardo Costa e Cristina Margato a Clara Ferreira Alves.

Por hoje é tudo. Bem sei que o Curto foi algo longo, mas o peso dos temas justifica-o. Se aqui chegou, espero que concorde. Tenha uma grande sexta-feira.
 
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