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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

EXPRESSO CURTO - 26 DE FEVEREIRO DE 2016


Procurador foi preso. Procura-se o corruptor

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Miguel Cadete
POR MIGUEL CADETE
Diretor-Adjunto
 
26 de Fevereiro de 2016
 
Procurador foi preso. Procura-se o corruptor
 
O dia de ontem nem tinha começado mal. Os títulos de economia noticiavam que a Bolsa De Lisboa abria a subir e os juros estavam em queda. Uma pitada de cor: o petróleo seguia a descer. Ainda de manhã chegou o relatório da agência de notação Moody’s para PortugalA apreciação era positiva e justificava-se assim: depois de intensas negociações com Bruxelas, o Governo conseguiu aprovar um Orçamento do Estado que se distanciava substancialmente do esboço apresentado. O risco de eleições também foi posto a milhas. Ou por outra, os mercados também já aprenderam a dançar com a geringonça. Ou será o contrário?

O pior viria mais logo, levando o dia a arrastar-se até à miséria. Depois de ter apresentado resultados negativos de 980 milhões de euroso Novo Banco anunciou estar na disposição de despedir 500 trabalhadores. Hoje, o “Jornal de Negócios” considera que este será um despedimento histórico, o maior alguma vez feito na banca portuguesa. Se isto era o “banco bom”…

Nada que impedisse, ainda assim, Ricardo Salgado de culpar oGovernador do Banco de Portugal destes resultados. Em comunicado, lavou as mãos e responsabilizou, atirando que era a (pouca) confiança no Novo Banco a culpada disto tudo. O debate sobre a nacionalização reacendeu-se mas os argumentos a favor da venda da novel instituição também ressurgiram. Um caso que divide a geringonça.

O calvário prosseguiria ao final da tarde. O Sporting deu a ideia de poder reverter a eliminatória da Liga Europa frente ao Bayer Leverkusen. Esteve empatado a uma bola durante largos minutos, bastando mais um golo para seguir em frente. Mas tal como em Alvalade, havia de perder, desta vez por 3 – 1. De fora do onze titular ficaram Slimani, Adrien e Bryan Ruiz. Pedo Candeias nota o absurdo do Sporting menosprezar as competições europeias.

Melhor sorte não teve o FC Porto. Voltou a perder com o Borussia Dortmund, agora por 1 -0, terminando esta eliminatória sem nenhum golo marcado. Tal como o Sporting perdeu os dois jogos. Ou como sugere a edição de hoje de “A Bola”: são onze para cada lado e no fim ganham os alemães.

Sempre a descer, chegámos à noitinha em modo downhill. O grau zero seria alcançado quando a juíza de Instrução do Tribunal Criminal de Lisboa, Antónia Andrade, decretaria a prisão preventiva para o procurador Orlando Figueira. Depois de dois dias de interrogatórios foi considerada “a existência de perigo de fuga, de perigo de perturbação para a aquisição e manutenção da prova”.

Há fortes indícios de que o procurador tenha recebido dinheiro –200 mil euros – em troca do arquivamento de um processo em que estava envolvido Manuel Vicente, vice-Presidente da República de Angola e ex-Presidente da Sonangol. Seguiu, ainda na noite passada, para o estabelecimento prisional de Évora.

Em nota enviada à agência Lusa, a Procuradoria Geral da República refere que Manuel Vicente não é arguido. Os dois arguidos deste caso são o procurador Orlando Figueira e o advogado de Manuel Vicente, Paulo Blanco, que representou o vice-presidente de Angola na compra de um apartamento de luxo no edifício Estoril Residence, em Cascais, em 2012. Há um terceiro arguido, pessoa coletiva, ainda por conhecer.

Não falta só essa informação. Os contornos do caso ainda são vagos e não existe ainda matéria substantiva, de entre a que já foi publicada aquiaqui e aqui. Mas este caso não deixa de ser altamente simbólico, até pelo seu primarismo, dado envolver um procurador e uma alta figura de Estado. O facto de as relações entre Portugal e Angola estarem a passar por momentos delicados, como o Expresso noticiou em manchete no sábado passado, não ajuda certamente.

Ainda antes da nota da Procuradoria Geral da República, no Expresso Diário, Ricardo Costa considerava prioritário senão mesmo essencial que a investigação não se arraste e que as provas reunidas sejam robustas. Para que se note diferença relativamente a outros casos delicados que envolvem o poder político e o judicial, Portugal e Angola.

Neste em particular, por um dos protagonistas ser, precisamente, magistrado. E ainda por envolver a segunda figura de Angola, país com quem temos relações históricas e económicas relevantes. “A justiça deve estar acima disso tudo e funcionar de forma independente. Mas essa independência obriga a um profissionalismo que este caso vai colocar sob pressão total”.
 

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OUTRAS NOTÍCIAS
Hoje é dia de eleições na FIFA. O reinado de Blatter terminou. E o Expresso Diário apresenta-lhe os cinco candidatosque querem conquistar o lugar maior ou mais alto do futebol mundial.

“Migrantes: o fluxo intensifica-se, a Europa desloca-se”. Lê-se na manchete da edição de hoje do “Le Figaro”. O diário francês contabiliza em 110 mil as pessoas que já chegaram à Grécia e a Itália desde o início do ano. Berlim faz tudo para defender Schengen mas há quem diga que o Tratado pode rebentar daqui a dez dias. A Europa não consegue resolver e aÁustria e Macedónia pugnam pelo restabelecimento do controlo nacional das fronteiras, lê-se no “Guardian”.

Em Espanha, a crise continuaRajoy, do PP, recusou abster-se na “sessão de investidura” de Sánchez, líder do PSOE que irá acontecer na próxima semana. Isto depois dos socialistas se terem coligado com o Ciudadanos de Rivera. “O PP não está para fazer de ator secundário num cenário que tem como único horizonte uma nova campanha eleitoral”, disse o ainda primeiro-ministro Mariano Rajoy ao “El País”.

Guerra entre Marco Rubio e Donald Trump aquece. Vendo o terreno fugir e as hipóteses de ganhar serem cada vez menores, Marc Rubio lançou um forte ataque a Donald Trump, no debate de ontem à noite, colocando em causa a sua ética nos negócios. Rubio perdeu a serenidade do costume e, numa troca de papéis, acusou Trump de preferir empregar centenas de estrangeiros, no seu resort na Florida, em vez de trabalhadores norte-americanos.

Insistiu também, de acordo com a argumentação de Rubio, nadeslocalização das suas fábricas de roupa para o México e para a China, diz o “New York Times”, que assume ter chegado o momento de decisão por que todos os Republicanos esperavam. Um debate peculiar, no mínimo.

Ingleses invadem o Algarve. E enchem os hotéis para fugir ao zika e ao terrorismo, lê-se na manchete do “Diário de Notícias”. O sul de Portugal está a tornar-se no destino preferido dos turistas ingleses que voltam costas ao Norte de África, América do Sul e Médio Oriente. As reservas estão a crescer 35%. E o Grupo Pestana sobe 10% a sua faturação.

Na primeira página do “Público”, Timor-Leste volta a ser notícia pelas piores razões. O Presidente Taur Matan Ruak volta a reacender suspeitas antigas de que Xanana Gusmão usa o poder discricionariamente beneficiando familiares e amigos.

Ainda no “Público”, António Lamas, presidente do CCB, responde à entrevista do Ministro da Cultura à Revista do Expresso. E assume que não se vai demitir. “Não me demito quando acredito em alguma coisa. Não está na minha natureza. E eu acredito que o CCB tem capacidade para gerar mais receita e depender menos do Fundo de Fomento Cultural, acredito que pode ganhar públicos e ser mais importante do que é hoje para a cidade e para o país”, disse.

Ao Expresso Diário, o ministro João Soares acrescentou de antemão que já tinha substitutos capazes para ocupar a presidência do CCB.

No “Jornal de Notícias” a manchete dá conta que dois mil portugueses já escolheram, através do testamento vital, quais os tratamentos que deseja receber no caso de ficar verbalmente impossibilitado de o fazer. O debate sobre a morte assistida prossegue.

FRASES
“Salário mínimo deve ser já de 600 euros em 2017”Arménio Carlos, líder da CGTP, ao “Diário de Notícias”

“O meu dia a dia é o Banif”João Almeida, do CDS, no “Diário Económico

“Votei sempre no PSD menos nas últimas eleições, e bem me custou. Magoou cá dentro”Alberto João Jardim, ex-Presidente do Governo Regional da Madeira, ao jornal “i”

“Não assisti à crucificação de Cristo porque estava no dentista”.Amos Oz, escritor israelita, ao “Diário de Notícias”

“O problema de Portugal é ter uma venda nos olhos”Rui Horta, coreógrafo, ao “Jornal de Negócios”

“É refrescante ter um candidato que fala abertamente, que faz sentido, que não é demagógico”Michael Stipe, vocalista dos REM, sobre Bernie Sanders, candidato dos democratas, na “Rolling Stone”

O QUE ANDO A LER
A história de uma rua de onde se via o mundo. O nome dessa rua é Rua Nova dos Mercadores e o mundo dela era no XVI.

Foram recentemente identificadas duas pinturas, que estavam na posse da Sociedade de Antiquários de Londres, como representando a Rua Nova dos Mercadores. Era aí o centro financeiro e comercial da Lisboa renascentista mas foi a partir das duas pinturas, e do seu relacionamento com outros documentos e objectos que se começou a redesenhar aquilo que era, o que lá se vendia ou fazia.

Foi esse trabalho que no final do ano passado foi publicado em livro: "The Global City - on the streets of renaissance Lisbon", com selo Paul Holberton Publishing, da autoria de Annemarie Jordan Gschwend e KJP Lowe. As pinturas, ambas do século XVI, as duas de autoria de pintores flamengos, dão conta da vida quotidiana na Rua Nova dos Mercadores. E logo dali se percebe que há ricos e pobres, brancos e negros, escravos e cavaleiros.

As mercadorias também se mostram como as mais diversas:bens de luxo, animais exóticos ou curiosidades vindas do além mar eram transacionadas naquela rua que os autores comparam, escpando à história, à Bond Street de Londres ou à Fifth Avenue de Nova Iorque.

Marfim, cristais, porcelanas ming, joias ou pedras preciosas brilhavam num comércio que reflectia o grande mundo naquela pequena rua de Lisboa. Conto o resto quando acabar.

Tenha um bom dia (e evite o downhill)
 
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