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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

OBSERVADOR - 12 DE FEVEREIRO DE 2016


360º - A grande descoberta científica que prova Einstein, o pequeno passo para a paz na Síria e notícias de outra gravidade por cá

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia
Um pequeno passo rumo à paz na Síria. Foi a notícia do início da madrugadao Grupo Internacional de Apoio à Síria (que inclui 17 países, entre eles os EUA, a Rússia e toda a Liga Árabe) anunciou para daqui a uma semana um cessar-fogo no conflito do país, que já dura há 11 anos e matou ou feriu 11,5% da população. O paragem das hostilidades não implica, contudo, a suspensão dos ataques ao Estado Islâmico. E ainda é preciso que todas as partes honrem os compromissos. Por isso o El País lhe chama um acordo frágil, o The Guardian diz que ainda há questões importantes por resolver e o NYT fala apenas numa oportunidade para parar a brutalidade.

Por cá, o debate quinzenal de hoje de manhã no Parlamento -- queaqui seguiremos em direto como habitual --, vai seguramente andar à volta dos avisos do Eurogrupo (já lá volto). Passos lançou o tom ontem à noite em Almada, usando e abusando da ironia: falou dos tempos em que lhe chamavam "uma espécie de lacaio de Bruxelas" e garantiu que não é "adivinho" mas que já estava à espera do que aconteceu.  

Apesar das dúvidas sobre se Portugal vai cumprir as metas orçamentais (e do que isso pode implicar em novas medidas), oPS quer insistir na baixa da TSUescreve a Liliana Valente.

E começam a chegar as más notícias. O Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) vai subir já amanhã, após a portaria que define o agravamento ter sido publicada esta sexta-feira. Consequência: os preços aumentam mais 7 cêntimos hoje à meia-noite. O melhor é atestar antes.

O empréstimo de Portugal à Grécia pode estar em risco. O OE prevê 106 milhões de euros para o programa de assistência financeira grego, mas o PCP é contra e o BE está a analisar o artigo. A verba pode ser assim suspensa, noticia a Helena Pereira. Isto quando o FMI diz que, sem reformas ou perdão da dívida, a Grécia pode mesmo sair do euro.

Outro tema preocupante: 16% dos jovens considera que é "normal forçar o/a companheiro/a a ter relações sexuais" e 22% não reconhecem a violência no namoro. Estes são dois dos dados do estudo levado a cabo pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que inquiriu cerca 2.500 jovens, entre os 12 e os 18 anos, de Braga, Grande Porto e Coimbra. 
Hoje há um encontro histórico em Cuba. O Papa Francisco reúne-se com o patriarca ortodoxo russo Kirill. É a primeira vez que os líderes se encontram desde que as suas duas igrejas, a católica e a ortodoxa, se separaram em 1054, há dez séculos. 

Informação relevante
Histórico foi o que aconteceu também ontem para a ciência.Ver confirmada uma teoria 100 anos depois é só para génios, como Einstein. Este é o som do choque de dois buracos negros que vem provar a existência de ondas gravitacionais, descrita na centenária teoria da gravidade geral. Trata-se de uma das maiores descobertas científicas na área da astronomia, que pode mudar a redescoberta do Universo, como explicou a Marta Leite Ferreira.

No dia em que se voltou a gritar Eureka, o Observador preparou-lhe vários artigos sobre esta descoberta marcante 
e sobre o homem, o génio, que lhe está na base. Pode começar por este Explicador, sobre o que são e para que servem as ondas gravitacionais. Se é mais pragmático, saiba como é aplicada no nosso dia a dia a teoria da relatividade ou entenda de vez o que ela representa através destas dez perguntas. Quanto ao cérebro único de Einstein, tem estas nove curiosidades e pode ver como era a sua vida nestas fotos surpreendentes.

Notícias de outra gravidade, não tão importante para a humanidade, mas importante para os portugueses e para o Governo de António Costa e Mário Centeno: Eurogrupocolocou dúvidas, muitas dúvidas, de que o Orçamento português cumpra as metas orçamentais. E, se tal não acontecer, serão necessárias medidas adicionais. O ministro das Finanças desvalorizou primeiro (não, não é preciso mais nada), mas depois tranquilizou os mercados (acrescentará o que for necessário para cumprir). Vem aí plano B?

Talvez. Até porque há que contar com a instabilidade da dívida portuguesa, vulnerável à vaga de aversão ao risco que está a assolar os mercados internacionais: a taxa de juro disparou ontem mais de 70 pontos, para quase 4,5%. O que é que passa para Portugal estar de novo do olho do furacão?O Edgar Caetano explica, muito bem explicadinho. O melhor, portanto, é levar a sério o aviso de Schäuble: "Os mercados já estão a ficar nervosos com Portugal", alertou ele.

Outras teorias. Vem aí livro ("Dias do Fim") em que Ricardo Salgado dá a sua versão sobre a queda do BES. A editora já avançou algumas passagens, como esta: “A pessoa que me falou, pela primeira vez, do Dono Disto Tudo foi o Manuel Pinho. Ele contou-me ´Sabe como lhe chamam agora? Dizem que é o Dono Disto Tudo´". O resto são os chamados ataques-defesa.

Foi o fundador da TAP e o homem que modernizou e expandiu os aeroportos do país. Muito antes de se tornar o General sem Medo, criou rotas de Luanda e Lourenço Marques (atual Maputo), conquistou para Portugal o controlo do tráfego aéreo do Atlântico Norte, colocou os Açores à escala do mundo através do aeroporto de Santa Maria, deixou o sua marca na aviação civil. Em sua homenagem, a partir de maio, aeroporto de Lisboa vai chamar-se Humberto Delgado. A notícia surgiu no dia em que a semi-reversão da TAP levou o ministro Pedro Marques aoParlamento para explicar as três mudanças em sete meses no modelo de negócio.
No Conversas à Quinta, José Manuel Fernandes debateu com Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto as relações do Reino Unido com a Europa a propósito do próximo referendo sobre a permanência na União Europeia. Para além do enquadramento histórico, vale a pena ouvir Jaime Gama explicar como a negociação que David Cameron está a ter com Bruxelas pode abrir outros caminhos ao processo de integração europeia, o que, se tudo lhe correr bem, pode até fazer com que Cameron acabe como um moderno herói europeu. Cameron recebeu, entretanto, uma carta de mais de 130 conselheiros a avisar dos riscos que podem destruir o seu partido com o referendo, conta o The Telegraph.
Já Rui Tavares falou sobre a Europa par dar alguns recados internos. Não pode haver "falsa escolha" entre a permanência e a saída da UE, escreveu o líder do Livre no Público, daí que tenha atacado a esquerda "numerosa em Portugal" que defende a desintegração europeia.

Tenho mesmo de voltar a Espanha, é já um clássico. Porque Rajoy se encontra hoje com Sánchez depois de ontem lhe ter apresentado (e a Rivera, do Ciudadanos) cinco pontos para um acordo. E porque, entretanto, o Podemos tentou puxar o PSOE para a esquerda com novas propostas para uma aliança. Enquanto as negociações não dão em nada, as finanças do PP continuam a ser investigadas, contou o El País.
 
Os nossos Especiais
Esta noite há clássico na Luz. O Benfica quer manter a liderança (onde está empatado com o Sporting) e o FC Porto quer recuperar a distância que já vai em seis pontos e fez cair Lotopegui. "Um treinador nunca ganhou na Luz, outro nunca venceu os portistas. Um mal tem centrais, o outro estará no radar de chineses. E antes, andaram a picar-se com vídeos",é assim, em sete pontos, que o Diogo Pombo antecipa o jogo. Vai ser quentinho e está esgotado

Antes das legislativas chamava-se "Costa, Futuro PM". Depois da formação do Governo PS passou a chamar-se "Costa_o Primeiro".A conta satírica e de paródia ao primeiro-ministro no Twitter foi suspensa pela rede social. Os autores da página não foram notificados. O PS garante que não fez qualquer denúncia. Uma bela história do Miguel Santos.

Já o David Almas voltou a fazer uma seleção de bons investimentos. Diz ele que o património não tem de estar sempre dividido entre ações e obrigações dos mercados desenvolvidos. E por isso sugere 7 fundos estranhos para condimentar as carteiras, entre robôs e dívida africana.

Notícias surpreendentes
Partiu há um mês e continuamos a falar dele. Na memória continua aquela foto de um David Bowie sorridente e feliz,  prestes a lançar o seu último disco, Blackstar, dois dias antes de morrer. Espreite esta e outras 22 últimas imagens em vida de grandes celebridades.

Mudemos de assunto para temas mais felizes, que hoje já é sexta-feira. Não é todos os dias que podemos provar um vinho — cheirá-lo, agitá-lo e levá-lo à boca — sem abrir uma garrafa. Agora passa a ser possível, graças a um novo gadjet: o Coravin. Ora veja lá se não dá jeito.

Pode ficar em casa a saborear um bom vinho, até porque o fim de semana promete ser de muito mau tempo. Mas há sempre uma boa alternativa para se divertir e aproveitar. Esta semana, guia de sugestões é da Rita Cipriano e inclui concertos, festas de chocolate e até tricô. E se é fã de lampreia, como já é época do bicho feio, saiba onde comê-lo. 

E porque domingo é Dia dos Namorados, ficam mais duas dicas da equipa do Lifestyle. Uma: nunca, mas nunca, use estasfrases. Duas: pode, e deve, inspirar-se nestes 7 gestos românticos do antigamente.

Já sabe, vamos estar aqui ao longo do dia de hoje e no fim de semana para lhe dar toda a informação. Aproveite para descansar, para namorar no S. Valentim ou simplesmente para fazer o que mais o deixa feliz. Uma ajuda? Ler sempre oObservador. Para a semana, volta a estar consigo o Miguel Pinheiro. Fica bem entregue. 

Bom fim de semana!
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observador - 12 de fevereiro de 2016


Macroscópio – Até que ponto arriscamos (nós e os outros) uma nova crise?

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
Quinta-feira foi o dia em que todas as luzes vermelhas se acenderam: “Há muito que não se via os juros de Portugal subirem mais de 70 pontos base (0,7 pontos percentuais) em apenas um dia”, como se escrevia no Observador. Mas não só: influente o Financial Times também notava que estávamos perante “the worst day since 2012”. O gráfico que ilustrava a pequena notícia, e que mostra as variações semanais das yelds portuguesas desde o início de 2014, não podia ser mais revelador:
 

 
Eis o curto comentário do FT, meia dúzia de linhas que justificavam a conclusão final de “Hold on tight”, ou seja, “segurem-se”:
Investors have been nervous about Portuguese bonds ever since a left wing alliance toppled the centre right government in November. The worries intensified when the Portuguese central bank surprised markets by imposing losses on bank bonds held by international investors, including Pimco and BlackRock. Now attention is focused on the possibility of a downgrade. Portugal only has one investment grade rating, from DBRS, and if it loses that its bonds will no longer be eligible for the European Central Bank’s QE programme which has provided a huge boost over the last year.
 
A Bloomberg, uma das principais agências de informação financeira do mundo, também escreveu sobre o que se passou no dia de ontem - Portugal Bears Brunt of Bond Selloff With Yield at 2014 High -, recordando nesse texto que “Financial markets have become more volatile, making financing the high levels of sovereign debt more of a challenge for the government,” the European Commission and the European Central Bank said in a joint statement about Portugal on Feb. 4.”
 
Esta subida dos juros é ainda mais importante por chamar a atenção da DBRS, a única agência de rating que mantém a dívida portuguesa acima de “lixo” e que hoje veio dizer que estápreocupada com subida dos juros de Portugal. Foi uma declaração que, mesmo assim, parece ter contribuído para alguma acalmia nos mercados e os juros, que tinham começado o dia a subir de novo, acabaram por cair já da parte da tarde, regressando ao ponto de partida da véspera.
 
Como seria de esperar a subida da percepção de risco da dívida portuguesa ocupou boa parte do debate quinzenal desta manhã no Parlamento, em especial na troca de palavras entre António Costa e Pedro Passos Coelho. Um dos argumentos esgrimidos é que estaríamos a ser vítimas de uma instabilidade mais geral dos mercados, o que é ao mesmo tempo meia verdade e meia mentira. Como Edgar Caetano explicava ainda ontem no Observador, emPortugal (de novo) no olho do furacão. O que se passa?, por um lado “Os mercados internacionais estão nervosos. Os investidores estão, neste momento, mais atentos aos riscos do que às oportunidades, o que cria um contexto pouco favorável para Portugal”; mas, por outro lado, “Outros emitentes soberanos como Espanha e Itália também estão a registar um aumento dos juros, mas nada que se compare à subida brusca das taxas de Portugal, pelo que os analistas estão a detetar razões particulares que explicam a pressão específica sobre a dívida portuguesa.” O gráfico seguinte, que compara a evolução das yelds portuguesas com a das espanholas e italianas evidencia bem a diferença:
 

 
A análise de ontem do Wall Street Journal também reforçava esta ideia. Em Eurozone Bond Markets Show Familiar Fault Linessublinhava-se que “Southern and northern European government bonds are divided again, despite ECB buying. Portugal is a particular source of concern.” A mesma leitura feita agora pela Reuters: Portugal singled out by bond investors in throwback to crisis. Aí notava-se que “Lisbon's isolation also meant it might lose the protection of European Central Bank quantitative easing. The country is just one ratings downgrade away from losing the minimum credit rating required by the ECB programme and keeping its finances in order will be crucial to avoiding such a cut.”
 
Mas hoje, neste Macroscópio, não vamos centrar-nos nessas tais “razões particulares” do nosso susto doméstico, antes procurar olhar para o que se está a passar nos mercados, tanto na Europa como nos Estados Unidos. A pergunta que muitos fazem é a mesma que João César das Neves formulava esta semana na sua coluna no Diário de Notícias, isto é, sobre se estaremos deRegresso a 2008?, um cenário que, como recorda, foi introduzido no início do ano por George Soros. O economista sublinha a radical diferença do que preocupava o mundo então e agora – “Nessa altura preocupavam os choques do petróleo, pressões inflacionistas e a ameaça chinesa. Agora assusta a derrocada do mercado petrolífero, o risco da deflação e o abrandamento da China.” – mas acha que há também uma grande diferença entre a situação a nível global e a situação portuguesa: “Quando os analistas internacionais dizem que vamos repetir 2008, estão a formular uma ameaça, algo que não querem que aconteça mas que tomam como provável. Por cá, porém, esse regresso é assumido, constituindo mesmo o ponto central da estratégia política (…), chamando-lhe "fim da austeridade". O que ainda não é explícito, mas em breve ficará claro, é que não se pode regressar numas coisas e não noutras. Não se podem ter os benefícios, sem a respectiva falência.”
 
Talvez por isso já comecem a aparecer textos que falam abertamente de um regresso da crise das dívidas soberanas. Um deles foi publicado ontem, ao fim do dia, pelo Telegraph: Is the sovereign debt crisis coming back to haunt Europe? O ponto de partida dessa análise era precisamente o comportamento da dívida portuguesa -, sendo que aí se sublinhava, citando analistas, que a situação é muito frágil: "It is only the ECB that is holding Europe together. If the ECB was to step back you would have a massive sovereign debt crisis".
 

 
E claro que já há muita gente a pensar que a política que está a ser seguida pelo Banco Central Europeu não só não pode manter-se por um tempo indefinido, como até pode estar a fazer muito mal às economias. É sabido que essa é a posição tradicional dos alemães, mas agora também vemos britânicos a subscrevê-la. Cito dois exemplos dos últimos dias, ambos do Telegraph. O primeiro é da autoria do sempre aguerrido Ambrose Evans-Pritchard e chama-se Europe's 'doom-loop' returns as credit markets seize up. A sua leitura é que “Europe's doomloop is a vicious cycle where distressed banks and sovereign states each drag each other down into the vortex” e que 'We all know that QE2 is not really going to work but the market says "I’m a smoker, I know it kills me, but so long as I can get cigarettes, I’m happy"'
 
O segundo saiu hoje e chama-se This crisis has been caused by arrogant central banks e foi escrito por Allister Heath. Nele argumenta-se que a acção dos bancos centrais tem feito com que “The market has become distorted and corrupted, sending out misleading price signals”. Para além disso o BCE, na opinião de um analista citado neste artigo, está a ficar sem munições: “It cannot usefully cut interest rates any deeper into negative territory since the current level of -0.3pc is already burning up the “net interest margin’ of lenders and eroding bank profits. “How much further can the ECB go before it becomes outright harmful?” he asked.”
 
Tudo isto se passa numa altura em que todos sabem que há importantes problemas que continuam por resolver, nomeadamente no sector bancário, em especial em Itália. O tema é mesmo objecto de um dos editoriais da The Economist desta semana, European banks: Borrowed time. Deixo-vos apenas o parágrafo de abertura dessa análise: “For those who worry that a repeat of the crisis of 2007-08 is imminent, this week brought fresh omens. Shares of big banks tumbled; despite a mid-week rally, American lenders are down by 19% this year, European ones by 24% (see article). The cost of insuring banks’ debts against default rose sharply, especially in Europe. The boss of Deutsche Bank felt obliged to declare that the institution he runs is “absolutely rock solid”; Germany’s finance minister professed to have no concerns (thereby adding to the concerns). This is not 2008: big banks are not about to topple. But there are reasons to worry, and many of them converge on one country [Italy].”
 
Mas uma vez que este Macroscópio já vai longo e hoje é sexta-feira, faço questão de o terminar mantendo a tradição de referir uma leitura de outro tipo, mais longa e repousada, sendo que hoje optei por uma sugestão recolhida no Financial Times e que, podendo não parecer, tem tudo a ver com estes problemas que nos atormentam. Trata-se de um trabalho sobre Why millennials go on holiday instead of saving for a pension. Eis uma passagem deste texto bem interessante e revelador:
Although their financial prognosis is poor, the millennials are a very powerful consumer group. The concept of saving seems so futile, they spend freely, insisting on a #yolo lifestyle (translation for oldies — you only live once) despite their restricted means. “Millennials want to live life in an acceptable and fun way,” says Mr Saunders, adding that their “denial mechanism” often leads to them splurging instead of saving up for a deposit on a house. As one reasonably-paid millennial put it: “It’s almost impossible to save for a house in London so I might as well just spend my money travelling the world.”
 
Parece lógico, mas tem consequências económicas difíceis de medir ou prever. Os mercados – os famosos mercados, com os seus fundos de pensões, por exemplo – são em última análise, tal como a economia que configuram, o resultado de milhões de decisões individuais tomadas de acordo com o que cada pessoa considera racional. Sendo que o que é racional para quem tem 30 anos pode surgir como totalmente disparatado para quem tem 50 ou 60 anos.
 
Mas por aqui me fico. Tenham um bom fim-de-semana, descansem, resguardem-se do mau tempo e aproveitem para ler. Eu estarei de volta na segunda-feira.

 
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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
COMBUSTÍVEIS 
Se o preço dos combustíveis subir, o imposto petrolífero só desce se o Estado não perder receita ou se houver folga orçamental, revela o secretário de Estado numa entrevista a publicar este sábado.
DBRS 
A agência de "rating" canadiana DBRS diz-se "confortável" – "neste momento" – com a nota que atribui a Portugal, mas diz-se atenta à evolução dos juros da dívida portuguesa no mercado.
PSD 
O fundador do PSD Francisco Pinto Balsemão disse que Passos Coelho é um "cocheiro frustrado" por ter vencido uma corrida e "não ter tido os louros". E defende um regresso à social-democracia.
ORÇAMENTO 2016 
Novo plano de combate à fraude contributiva e de prestações sociais vai render 200 milhões de euros. Novas medidas vão ser definidas depois do Orçamento do Estado.
CASO JOSÉ VEIGA 
Há dois salvo-conduto no Congo que abrem todas as portas: Denis Sassou Nguesso e o petróleo. Nada se faz sem o presidente autorizar e tudo se faz em redor do ouro negro.
REDES SOCIAIS 
O primeiro-ministro volta a ser parodiado no Twitter, depois de uma primeira conta fictícia ter sido suspensa. Em pouco mais de 24 horas, "Costa Segundo" já tem mais de 400 seguidores e de 120 tweets.
GAME OF THRONES 
A HBO divulgou 20 imagens dos novos episódios de Game of Thrones. As imagens agora divulgadas trazem algumas pistas importantes sobre a sexta temporada da série.
HISTÓRIA 
Um cesto para pendurar bebés nos prédios, uma sauna portátil, uma máquina para medir a dor de um fruto. Estas e outras invenções antigas vão deixá-lo baralhado. Conheça-as na fotogaleria.
EINSTEIN 
A contribuição de Albert Einstein para a ciência vai muito além da Teoria da Relatividade Geral. Conheça outros três projetos do físico alemão, compreenda-os e veja como mudaram a nossa vida.
APPLE 
Se definir esta data no seu iPhone e depois o reiniciar, o sistema ficará permanentemente bloqueado. O Observador confirmou o erro e, para já, não há solução.
BENFICA-FC PORTO 
Um treinador nunca ganhou na Luz, outro nunca venceu o FC Porto. Um mal tem centrais, o outro estará no radar de chineses. No meio estão Benfica e FCPorto, que antes do clássico se picaram com vídeos.
Opinião

Rui Ramos
Centeno fala do fim da austeridade. Mas o fim parece-se cada vez mais com o princípio. A discussão desta manhã no parlamento já se resumiu a saber quem é responsável pela tempestade que aí vem.

Paulo Ferreira
Tal como Costa pode dizer para fumarmos menos, andarmos mais de transportes públicos e endividarmo-nos menos sem soar a Salazar, também pode jurar rigor nas contas que nunca o tomaremos por Schauble.

Miguel Tamen
Só quem não vive no interior se pode indignar com a sua desertificação. O interior deserto tem vantagens importantes: hipermercados e hospitais são de utilização fácil, e as estradas são excelentes.

Paulo Tunhas
Soube no outro dia, pelo ministro Mário Centeno, que sou rico. A coisa nunca me tinha passado pela cabeça, diria mesmo que possuía até várias provas do contrário, e ainda não estou em mim.

P. Miguel Almeida, sj
Jesus não nos manda gostar - manda amar. Mesmo que não gostes, ama! Tão contrário é o discurso do mundo. Amor agora significa um sentimento lamechas que faz crescer o umbigo e dura enquanto eu gosto.
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