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terça-feira, 26 de julho de 2016

OBSERVADOR - 26 DE JULHO DE 2016


Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!



Uma redação de uma revista satírica. Um clube nocturno. Um aeroporto. Uma avenida cheia de gente. Uma festa de Verão. E agora uma igreja. Nestas terríveis semanas que estamos a viver acordamos a perguntar “Onde vai ser hoje?”, adormecemos sem saber em que lugar aquela noite se pode transformar num pesadelo. E o pior é que, para além dos que propõem leituras simples que quase sempre são erradas, não sabemos o que pensar. E o pior é que temos a percepção de que as autoridades, os nossos eleitos, os nossos políticos, não sabem o que fazer e ainda menos o que dizer, pois quase só proferem inanidades que nada adiantam.

No dia em que foi a vez de um padre ser degolado no interior de uma igreja do norte de França não podia o Macroscópio deixar de propor algumas leituras que, mesmo colocando o dedo em algumas feridas, estão longe de propor a solução do mal destes dias. Nenhum dos textos que vos proporei foi escrito a propósito do que se passou em Saint-Etienne de Rouvray, alguns têm já alguns dias ou semanas, mas todos eles, espero, ajudam a pensar.

Começo por uma reportagem que é também uma viagem à França de 2016, à França de Saint-Dennis, o subúrbio de onde saíram os terroristas do Bataclan, como à França do nordeste desindustrializado, a uma pequena cidade, Hayange, onde a Frente Nacional já ocupou o lugar que antes pertencia à esquerda socialista e comunista. Islam and the French Republic é um longo texto de Ben Judah saído na edição de Julho/Agosto da Standpoint que merece ser lido com o tempo que esta época do ano propicia. Pequeno extracto (muito difícil de escolher, pois o texto está cheio de referências interessantes): “The left’s ideology is muddled, the right’s is vague, but Marine’s is crystal clear. They call it Le Grand Remplacement: the idea that France is ceasing to be France demographically, that slowly this century the old majority is being replaced by a new one, of immigrant ethnicity. The Great Replacing boils down to a simple claim. Immigrants are arriving in large numbers and having more children than natives. Unless this is stopped, the idea that true French will become a minority will constantly be on France’s mind.”

Continuo com um ensaio de um estudioso da História, Tom Holland (autor de livros como Rubicão, Fogo Persa, Milénio ou Sob o Signo da Espada), publicado pela First Things: All The East Is Moving. Este ensaio começa por nos contar como, em 955, Otto I, o Grande, derrotou na batalha de Lech os húngaros cujas migrações (na altura chamavam-lhes invasões) estavam a submergir as regiões que hoje formam o sul da Alemanha. A partir daí estabelece-se um paralelo entre as formas como a Europa de então – que se identificava com a Cristandade – lidou com essas migrações. E depois conclui-se:
Otto the Great, despite the brutality with which he trampled down the Hungarians on the plain of the Lech, never doubted that migrants from beyond the limits of Christendom could be integrated into his realm. Baptism offered any pagans who wished to take their place among the ranks of the Christian people a ready entry visa. The defeated Hungarians were not alone in accepting it. In France and England, so did Viking chieftains cornered by their adversaries, and offered lands if they would only bow their necks to Christ. The forefathers of those same Normans who conquered Sicily back from Islam had been worshippers of Odin. Today, though, in a Europe that has ceased to be Christendom, no ritual comparable to baptism exists—nor could possibly exist. The nearest equivalents may be the classes given in Norway to refugees about the principle of sexual consent, or the cards issued by the Austrian government to migrants advising them that it is perfectly permissible for two men to kiss.”

Este ensaio proporciona uma boa passagem para o texto de Bret Stephens no Wall Street Journ[JMF1] al, Is Europe Helpless? A civilization that believes in nothing will ultimately submit to anything. Escrito a propósito dos atentados de Nice, é um texto que discute o que o autor considera ser uma Europa que mistura “French political weakness with German moral solipsism”, “a formula for rapid civilizational decline, however many economic or military resources the EU may have at its disposal.” Daí que defenda a ideia, muito pessimista, de que “Europeans will have to learn that powerlessness can be as corrupting as power—and much more dangerous. The storm of terror that is descending on Europe will not end in some new politics of inclusion, community outreach, more foreign aid or one of Mrs. Merkel’s diplomatic Rube Goldbergs. It will end in rivers of blood. Theirs or yours?”

Falar deles e de nós é extremamente difícil na Europa, pelo que ao menos que se fale dos que protagonizam estes ataques, sem procurar desculpas ou explicações. Bernard Henri-Levy fá-lo num texto publicado na Time, Logic Does Not Explain Nice Attack—Or Jihad. É um texto organizado em torno de algumas questões – Terrorist or psychopath?; Was he a “lone wolf”?; Who is responsible?; What? An Islamist who did not attend a mosque or observe Ramadan? Who salsa danced and drank beer?; Why Nice? Why France? What did we do to find ourselves once again in the line of fire? – e que termina com a seguinte conclusão: “The truth is that jihadism strikes everywhere. It has no shortage of targets, and these are chosen purely opportunistically. Orlando one day. Tunisia or Bangladesh the next. Or Brussels, Istanbul, or Nice, if that is where jihadism detects vulnerability. It is a mistake to attribute to this array of randomly chosen targets more sense than it has. And it is an even worse mistake to give jihad credit for having a mind that is programming its offensives as one might play a game of chess. These people derive their strength from our weaknesses. And the temptation to overinterpret, to see subtle signs everywhere, to lend to these mean souls the dignity of a logic they do not have—that is another of our weaknesses.”

Termino a selecção de hoje com uma análise da correspondente em Berlim do Le Monde sobre um tema que suscita naturais inquietações: depois da sequência de ataques e atentados na Baviera, o que vai suceder à política de braços abertos de Markel? E é verdade, escreve Cécile Boutelet: Les attentats fragilisent la politique d’accueil de Merkel. Até porque os problemas não vêm apenas dos partidos à sua direita ou do partido-irmão da Baviera, a CSU, também vêm das forças à sua esquerda: “Politiquement, la situation est extrêmement tendue. Le spectre agité depuis longtemps par l’AfD (extrême droite) est devenu réalité. La CSU, parti bavarois allié de l’Union chrétienne-démocrate d’Angela Merkel, se voit confortée dans sa position très critique sur le dossier des réfugiés. (…) A l’autre extrémité politique, ­Sahra Wagenknecht, présidente du groupe parlementaire Die Linke (gauche radicale) au Parlement, a elle aussi renouvelé ses critiques vis-à-vis de la politique d’accueil de la chancelière et également appelé à davantage de contrôles. Une position rejetée au sein de son parti, mais partagée par beaucoup dans les milieux populaires.”

Tempos inquietantes, no mínimo. Tempos onde é muito difícil encontrar uma bússola que nos oriente. Tempos em que necessitamos de reflectir sem ideias feitas e fugindo das soluções fáceis pois, como um dia notou o jornalista e crítico Henry Louis Mencken “para todos os problemas complexos existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada”

Bom descanso, sobretudo para quem estiver de férias, e melhores leituras. Coragem.

 
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OBSERVADOR - 26 DE JULHO DE 2016

ajoelhar-se‏

Hora de Fecho: Em direto/ Degolações em igreja. Padre obrigado a ajoelhar-se

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
França
Dois homens entraram numa igreja e fizeram 5 reféns. Degolaram o padre e tentaram o mesmo a uma idosa que está entre a vida e a morte. Foram abatidos. Estado Islâmico já reivindicou o ataque.
Berlim
Médico foi baleado por um paciente num hospital universitário de Berlim. Atirador suicidou-se de seguida. O médico ficou em estado crítico e acabou por morrer.
Suécia
Um tiroteio num centro comercial em Malmo, na Suécia, provocou pelo menos um ferido.
França
Um padre foi degolado esta manhã por dois homens que reclamam pertencer ao Estado Islâmico, durante um rapto numa igreja no norte de França. Veja as imagens das operações policiais.
Sanções
A Comissão Europeia deverá dar mais um ano a Portugal e dois anos a Espanha, avança o El País. Bruxelas prepara multa mínima de 0,01% a 0,05% do PIB dos dois países.
TAP
A Parpública e a Atlantic Gateway notificaram a Autoridade da Concorrência do controlo conjunto sobre a TAP, isto é, da operação que permite ao Estado ficar com 50% do capital da companhia.
Casa Branca 2016
Os partidários de Bernie vaiaram todos os que declararam apoio a Hillary Clinton — incluindo seu próprio ídolo — expondo fraturas num partido dividido. Michelle Obama fez o discurso da noite.
Jogos Olímpicos 2016
A 10 dias do início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, a organização reconhece que há 15 edifícios da aldeia olímpica que ainda não estão prontos mas que até quinta-feira estará tudo concluído.
Terrorismo
Duas explosões perto do aeroporto da capital, Mogadishu, provocaram 13 mortos. Um bombista suicida provou dez vítimas perto das instalações das Nações Unidas.
Alemanha
O bombista suicida de Ansbach apresentou-se como pacifista quando pediu asilo, ao dizer às autoridades alemãs que tinha saído da Síria porque não queria empunhar armas contra outros seres humanos.
Tribunal de Contas
As medidas adoptadas pelo anterior Governo foram insuficientes para atingir uma cobertura mais alargada nos cuidados de saúde primários, alerta Tribunal de Contas.
Opinião

Rui Ramos
Antes de Costa cair, hão-de cair a economia e a sociedade portuguesas. Não teremos apenas um país com dificuldades de se financiar. Teremos uma economia mais estagnada e uma sociedade mais dividida.

Paulo Trigo Pereira
Quem pode matar a geringonça? Os seus apoiantes, se tiverem um comportamento míope face ao que está em jogo. E há que perceber que os próximos cinco anos serão decisivos, pois serão os mais difíceis.

Laurinda Alves
Para muitos, Deus é um grande ausente, mas este rasgão azul que Biberstein nos deixou na Igreja de Santa Isabel aumenta em nós a certeza de uma presença.

José Conde Rodrigues
O Trumpismo, com a sua imagem de transgressão face ao sistema, evidenciou uma cisão potencialmente perigosa para a política: entre os que estão acima e os que estão por baixo na escala socioeconómica

Djaimilia Pereira de Almeida
As férias passadas com os pais durante a adolescência são temporadas fundadoras. Lisboa pode bem ser, para muitos dos que nos visitam, o início ignorado da sua vida adulta.

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OBSERVADOR - 26 DE JULHO DE 2016


360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia Um homem entrou ontem numa instituição para pessoas com deficiência numa cidade perto de Tóquio, no Japão, e esfaqueou dezenas de pessoas. Morreram 19, segundo o último balanço oficial, sendo que há 20 feridos em estado grave. O atacante é um antigo funcionário que disse à polícia, depois de se entregar, que o seu objetivo era "acabar com os deficientes deste mundo".

Os apoiantes de Bernie Sanders encheram o primeiro dia da convenção democrata de assobios, apupos e vaias para todos os que declararam o seu apoio a Hillary Clinton - incluindo o próprio Sanders. Uma das oradoras, a comediante  Sarah Silverman, que esteve com Sanders mas agora vai votar Hillary, reagiu: "Vocês estão a ser ridículos". Um dos principais discursos da noite foi o de Michelle Obama. O João de Almeida Dias, que assistiu a tudo ao minuto, conta aqui os detalhes de uma noite de altos e baixos.

Dois atentados provocaram hoje oito mortos na Somália. Um bombista suicida explodiu um carro à porta das instalações da ONU em Mogadishu e houve duas outras explosões, seguidas de tiros, no aeroporto.

Informação relevante Os dados da execução orçamental divulgados ontem pelo Governo mostram que o défice baixou 971 milhões de euros durante o primeiro semestre. Convém perceber de que forma: como as receitas fiscais cresceram abaixo do previsto, houve um aperto no investimento público, uma redução das compras de bens e serviços e um aumento dos pagamentos em atraso, principalmente na saúde.

Na reação dos partidos aos números o PSD avisou, sem surpresa, que a economia está "à beira da estagnação", enquanto o PS falou, de forma cautelosa, sobre "um exercício orçamental muito difícil".

O relatório sobre o Banif foi discutido ontem no parlamento. E quem achava que o documento, escrito pelo deputado socialista Eurico Brilhante Dias, já apresentava muitos culpados pela situação do banco - os antigos acionistas, o Banco de Portugal e o governo PSD-CDS - precisa agora de arranjar mais espaço: o PSD e o CDS querem acrescentar à lista o atual Governo, o BE quer lá pôr também as instituições europeias e o PCP acrescenta-lhe o sistema bancário em geral.

Marcelo Rebelo de Sousa vetou ontem ao final do dia, pela segunda vez, um diploma. O  decreto-lei que altera os estatutos da SCTP e do Metro do Porto impede a entrada de investidores privados e o Presidente não concorda com essa restrição.

Ontem foi dia de cortejo em Belém: os partidos foram todos falar com o Presidente. PSD e CDS mostraram-se preocupados ("O crescimento não arranca"); o PS mostrou-se despreocupado ("Os acordos estão firmes e estão para durar"); o BE mostrou-se empenhado (o Presidente "não tem motivo para qualquer intranquilidade"); e o PCP mostrou-se desprendido (não se pronuncia "nem sim nem não" sobre o Orçamento). Hoje é a vez dos parceiros sociais.

A forma como o Governo está a gerir o dossier da Caixa continua a ser perfeita: entre o devagar e o devagarinho. Ontem conheceram-se pelos jornais os nomes de mais possíveis/eventuais/supostos/prováveis novos administradores: Pedro Leitão, ex-administrador da PT, e Ángel Corcostegui, antigo presidente do Banco Santander Central Hispano, a que se juntam, segundo o NegóciosHerbert Walter, ex-presidente executivo do Dresdner Bank, e Paulo Rodrigues da Silva, que esteve na Vodafone .

Esta manhã, o Negócios conta que Mário Centeno pediu aos ainda administradores da Caixa que fiquem em funções até 15 de agosto, altura em que presumivelmente o impasse da transição estará resolvido. A resposta foi: mande-nos isso por escrito.

A mensagem foi colocada na conta de Twitter do Governo português: "A minha [filha] faria dele o escudo do Cap. América e certamente o faria voar para a tola de q lhe dizia que era um prato". Foi assim que a "República Portuguesa" entrou na sempre fascinante discussão sobre se rapazes e raparigas gostam de brincar às mesmas coisas. Tudo indica que quem estava a gerir o Twitter do Governo trocou aquela conta com a sua pessoal.

A TV Globo avançou ontem que a polícia brasileira estava a investigar um segundo grupo de 15 supostos terroristas que estariam a planear cometer atentados durante os Jogos Olímpicos do Rio. Mas o Governo  diz que não é bem assim. Segundo o Ministério da Justiça, há muita gente a ser vigiada, mas nenhum outro grupo entrou na fase de preparar efetivamente um ataque. A grande dúvida, agora, é: o Brasil está preparado para deter possíveis atentados? O Milton Cappelletti foi tentar descobrir.

O Brasil tem outros problemas, bem menos graves, nos Jogos Olímpicos. Os atletas começam a chegar ao Rio e estão a ter aquilo que pode ser descrito como uma surpresa. Má. A comitiva portuguesa, por exemplo, disse ontem que os apartamentos da aldeia olímpica estavam sujos e sem água. Há mais federações a queixarem-se.

Nos últimos três dias, apareceram numa praia de Sabrata, na Líbia, corpos de 87 migrantes que tentavam entrar na Europa. No local, já há voluntários que têm como missão ajudar a retirar os corpos.

Os nossos Especiais

Nos últimos dias (e horas), temos tido notícias de atentados com recurso a bombistas suicidas. Miguel Freitas da Costa foi olhar para os livros e descobriu centenas de páginas sobre um fenómeno que não deve ser visto como insanidade.

Notícias surpreendentes

Omara Portuondo e Diego El Cigala tocam hoje no EDP Cool Jazz e antes falaram ao Observador. Ou melhor, cantaram, porque, como escreve a Rita Neves Costa, cantarolavam as respostas a cada pergunta. Conhecem-se só há um ano - mas não parece.

Foi editado recentemente em Portugal "Tempos Difíceis", de Charles Dickens. O crítico literário do Observador Jorge Almeida leu  este romance sobre os problemas de uma sociedade industrial e dá-lhe cinco estrelas.

A praia do Ourigo, no Porto, voltou a ter onde comer e beber. Depois do Shis, chegou agora o X, um bar que vai estar aberto até setembro ou outubro. A Sara Otto Coelho foi ver o espaço.

Aqui está uma oportunidade única de conhecer Portugal pelos postais antigos. O Observador juntou imagens de antigamente dos 308 municípios, de Norte a Sul. Ora veja.

E, quando acabar de olhar para o passado, passe por aqui, onde vamos ter toda a informação atualizada.
Até já!
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