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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

EXPRESSO CURTO - 12 DE JANEIRO DE 2016


Ground control to major Tom…

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Cristina Peres
POR CRISTINA PERES
Jornalista de Internacional
 
12 de Janeiro de 2016
 
Ground control to major Tom…
 
Imaginar um mundo sem David Bowie é difícil”, dizia Christiane Amanpour na sua hora diária da CNN, ontem dedicada ao cantor britânico, cujo abandono da Terra se dera nessa manhã. No entanto, é o cenário que temos pela frente, assim o confirmam muitas manchetes, entre as quais as do i, do Público e do DN. Não houve media em parte nenhuma que deixasse passar as últimas 24 horas sem lembrar a vida e o génio de David Bowie. O que o músico britânico conseguiu nesta saída do palco foi que toda a gente percebesse a sorte de ter partilhado com ele o ar destas décadas.

Aqui na terra, estamos a assistir a uma Alemanha com as opiniões cada vez mais divididas entre rejeitar a entrada de estrangeiros e manter a política de portas abertas aos refugiados, requerentes de asilo e migrantes (um milhão só em 2015). Porém, os ataques da noite de ano novo em Colónia, subitamente, esfriaram e aqueceram (segundo o lado da barricada) os ânimos. É um ponto de viragem na “política de acolhimento” alemã, a partir de agora sob acrescida pressão. As queixas de mais de 500 mulheres molestadas sexualmente na estação central de Colónialevaram a chanceler Angela Merkel e o ministro do Interior Thomas de Mazière a classificar os incidentes como “inaceitáveis”. Apesar de quase todos os suspeitos serem de origem árabe e africana, na sua maioria refugiados, Berlim garante ainda que a política de acolhimento se manterá. Só que a partir de agora com uma condição inalienável: que a legislação alemã seja cumprida por todos os que vivam no país. Isto quer dizer que a deportação de estrangeiros que venham a ser condenados passou a ser uma hipótese em vias de ganhar forma de lei. Enquanto se confirma a muito provável mão da“criminalidade organizada” e se promete castigo à altura para os responsáveis, as autoridades alemãs condenam com igual veemência as agressões a estrangeiros que ocorrem na Alemanha. O cerco aperta e Berlim tem reenviado migrantes para a Áustria, conta a BBC.

Evitar o dente-por-dente, olho-por-olho é, portanto, um desafio considerável. E quem achar que isto não vai afetar o resto da Europa engana-se. Em Colónia, grupos de homens atacaram estrangeiros há dois dias, ferindo dois paquistaneses e um sírio e hooligans de direita e de esquerda confrontaram-se em Leipzig. Foi lá que cerca de dois mil manifestantes afetos aos movimentos patriotas (extrema-direita) contra a islamização do Ocidente Pegida e Legida desfilaram ontem à noite, na suposta comemoração de um ano de existência do ramo de Leipzig do movimento, porém serviu como luva à rejeição da presença de estrangeiros no país. Uma contramanifestação de perto de três mil pessoas formou uma cadeia humana em torno da cidade contra os xenófobos, como aqui conta a Deutsche Welle.

Por muito pouco claro que ainda seja o que se passou realmente na estação de Colónia, uma coisa é certa: o futuro vai ser mais complicado e o moto da chanceler “Nós conseguimos!” já não é suficienteReveja aqui os eventos contados pelo Spiogelonline International. E leia aqui no Guardian como o rastilho se estende à Suécia, onde se acusa a policia de ter omitido ataques a mulheres naquela mesma noite, em Malmö.

OUTRAS NOTÍCIAS
Quando a China espirra
, pode ser que o mundo não se constipe, mas sente-se mal por uns dois dias, defende o Washington Post, pondo a hipótese de a China estar bem mais doente do que faz crer. O índice de Xangai caiu 15% do seu valor nos últimos 15 dias, o que já não é novo, depois do que aconteceu em agosto. O Jorge Nascimento Rodrigues explica aqui no site do Expresso como é que a Ásia e a Europa são os mais castigados pela terceira derrocada seguida das bolsas de Xangai e Shenzhen.

O comboio da Cruz Vermelha Internacional de fornecimento de alimentos e bens de primeira necessidade chegou finalmente a Madaya, uma cidade na fronteira da Síria com o Líbano onde se passa fome há meses. Leia aqui como se deteriorou a situação naquela localidade sitiada pela guerra desde 18 de outubro.

A Casa Branca declarou que o último discurso do Estado da União que Obama fará hoje à noite será “não tradicional”. A CNN explica o que isso quer dizer: o Presidente norte-americano, que discursa uma semana após ter ultrapassado o Congresso relativamente à legislação sobre armas nos Estados Unidos, falará de si. Opta por não fazer uma lista de pedidos ao Congresso que sabe que não obteria.

Passados 11 dos 15 dias que vai durar a experiência, a qualidade do ar de Nova Deli não melhorou grande coisa. Há quase duas semanas que carros com matrículas par e ímpar são proibidos de circular em dias alternados, mas a cidade continua a sufocar com osmog. Este é o terceiro inverno seguido em que Nova Deli não se livra da comparação com a China, o que já serviu para despertar consciências. Seja qual for a solução, ela tem de ser rápida, diz oTimes of India.

Por cá, o primeiro-ministro avança para a criação de um Conselho Superior de Obras Públicas que deverá emitir parecer sobre as obras e projetos de investimento de grande vulto. Segundo António Costa, este conselho terá “uma representação plural, designada pelo Conselho Económico e Social, ordens profissionais, universidades, regiões e áreas metropolitanas”, bem como “associações ambientais”. O Governo assume ainda a reabilitação como prioridade e vai dar incentivos e benefícios fiscais a quem recuperar imóveis para arrendar a preços acessíveis à classe média, como reporta o Económico.

Hoje é o terceiro dia da campanha em que os candidatos à presidênciais prosseguem o périplo pelo país. Ontem, Marcelo rebelo de Sousa classificou-se como “a esquerda da direita”. Veja aqui a leitura que Ricardo Costa faz deste início da corrida eleitoral, em que todos estão contra a abstenção, e confira aqui as sondagensperspetivadas por Pedro Magalhães.

FRASES
“Não há clivagens ideológicas nesta campanha”Marcelo Rebelo de Sousa, candidato à presidência em campanha na Guarda

“São tantos os ziguezagues de Marcelo Rebelo de Sousa que se aplica aquela máxima ‘eu tenho princípios, mas se não gostarem eu arranjo outros’”Sampaio da Nóvoa em campanha em Espinho

“Por mim, os eleitores podem dormir descansados. Eu sou conhecida!”Maria de Belém, candidata em campanha no Algarve

“Nem que chovam canivetes, que nenhum homem nem mulher deixe de participar nas eleições para defender abril”Edgar Silva, candidato em campanha no Funchal

“Marcelo Rebelo de Sousa já baixou a fasquia, já fala em segunda volta”Marisa Matias, candidata em campanha no Entroncamento

"Aparentemente, o país vive um alheamento total desta campanha e destes candidatos. Eles já não sabem o que hão de fazer para chamar a atenção. Tem a ver com a falta de qualidade dos candidatos. Na cabeça dos portugueses as presidenciais perderam a importância. Marcelo Rebelo de Sousa tem razão quando diz que não há clivagens ideológica… não há nada”Miguel Sousa Tavares, SIC Notícias

O QUE ANDO A LER
Releio, depois de ter lido e ouvido, O Espelho Invertido (e outro texto), um livrinho deliciosamente ilustrado, de leitura rápida e digestão demorada e obrigatória, que a Douda Correria acaba de editar da autoria da Joana Manuel. Quem é a Joana Manuel? É cantora, atriz, ativista política… e é também a autora de Espelho Invertido, o texto original que foi lido na conferência nacional Em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido (Faculdade de Ciências, 2013) e cujo vídeo se tornou viral. O segundo texto que consta no livrinho resultou da participação da Joana Manuel no Debate Portugal. E o Futuro?, convidada por mim e pelo Pedro Santos Guerreiro em 2014, para comemorar e debater os 40 anos do 25 de abril no Teatro S. Luiz. Perguntávamos na altura: o futuro é revolucionário ou reacionário? A Joana respondeu com Terra, o desequilibrismo disto tudo…

Fotografia
: Muitas e maravilhosas fotografias. O Guardian publicou no site uma série de fotografias que parecem quadros da Renascença.A Renascença acidental: os leitores escolhem fotografias foi uma iniciativa que partiu de uma fotografia que “virou viral” nas redes sociais. Foi tirada durante uma das já nada raras cenas de murros e encontrões no Parlamento ucraniano. Veja o que seguiu aqui.

Outra série de fotografias espampanante chegou-me recomendada pelo fotógrafo norte-americano Pete Muller. É um trabalho deVincent Musi, fotógrafo da vida toda da National Geographic, que dedicou os anos mais recentes da sua vida a um género particularmente difícil, a arte de fotografar animais. Assumindo que “simplesmente não se pode dizer a um animal para fazer o que nós queremos”, Musi trata-os como modelos humanos explorando o insólito de situações que já seriam por si insólitas com modelos humanos. Encontra aqui na Time 11 fotos e uma entrevista com Musi a propósito da exposição que estará patente até ao final de junho em Charlottesville, Virginia, Estados Unidos.

O próprio Pete Muller lançou Conflict, o primeiro episódio de cinco no site thisisconflict.com. São 00:04:20 sobre o que acontece na linha da frente dos conflitos. Não necessariamente em pleno combate, como o fotógrafo do New York Times explica no vídeo, mas o impacto dos conflitos nas vidas em volta, o que faz que nada volte a ser o mesmo uma vez instalada a guerra. O episódio chama-se Let me represent you e discorre sobre a intimidade criada pelo tempo implicado no acompanhamento dos fotografados.

Eu vou ver a estreia do filme (Terratreme Filmes) que a Cláudia Varejão fez sobre a Companhia Nacional de Bailado intituladoNo Escuro do Cinema Descalço os Sapatos. Estreia nestaquinta-feira, no Teatro Camões, às 21:00, e fica por lá até 24. A CNB está prestes a comemorar 40 anos e a Cláudia dedicou horas e horas e horas a esta obra.

Na rua do Açúcar, a Xabregas (Lisboa), o Teatro Meridional repõe na quinta-feira António e Maria, o espetáculo encenado por Miguel Seabra e interpretado por Maria Rueff a partir de um texto deAntónio Lobo Antunes. Como é a 50ª produção do Meridional, número redondo, é uma proposta ainda mais feliz. Tem a ver com mulheres, um universo caro a Lobo Antunes e não só, felizmente!

É evidente que a banda sonora deste Expresso Curto é Bowie. Na minha cabeça, pelo menos. E na do meu amigo que me passou esta pérola de connoisseur. Não explico nada, ouça lá a pérola .

Fim da pausa para café. Aproveite o dia para espreitar o site doExpresso permanentemente em atualização até ao Expresso Diário, lá pelas 18h. Boa terça-feira!
 
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